Localizada entre as imponentes montanhas das cordilheiras dos Andes, em pleno altiplano, o turista é capaz de esquecer o barulhento e caótico trânsito local quando surgem diante dos olhos monumentos erguidos bem antes da chegada dos incas ou as imensas montanhas que circundam a cidade e fascinam os mais aventureiros, como o Monte Illimani, o guardião dessa cidade que, diga-se de passagem, é considerada a capital (administrativa) mais alta do mundo. Sua localização próxima às ruínas de Tihuanaco e ao lago Titicaca a torna um centro logístico importante para desbravar a região.
Xamãs lêem o futuro em folhas de coca no Mercado de las Brujas, enquanto que o centro nervoso da cidade é a Calle del Comercio, onde badulaques diversos são ofertados aos turistas. Para uma experiência gastronômica autêntica, tente os restaurantes da Avenida 16 de Julio, onde também encontram-se muitos teatros e bares. Confusa e divertida, curta La Paz com calma, senão seus pulmões não aguentarão.
Para quem chega de avião, logo do aerporto de El Alto, cidade satélite da metrópole, a primeira visão é de casas sem acabamento, as famosas figuras de cholas caminhando pelas ruas e um trânsito caótico, que incrivelmente concentra um baixíssimo índice de acidentes entre veículos e pedestres. Mas, aos poucos, o turista começa a perceber o encantamento do povo boliviano e as peculiaridades que faz da Bolívia um país tão discrepante de seus vizinhos latino-americanos. Outro ponto que impressiona o visitante logo de início é a quantidade de manifestações de apoio ao presidente Evo Morales.
São grafites em muros e cartazes espalhados por todo o caminho, desde a periferia de El Alto até o Centro de La Paz, em um trajeto de cerca de 20 quilômetros. E é na região central da cidade que há maior concentração de atrações e uma infinidade de oportunidades de gastar com produtos típicos bolivianos, que podem ser adquiridos a preços muito baixos se o turista estiver disposto a andar. Com população de 9,2 milhões de pessoas, a Bolívia atrai turistas de toda parte do mundo por oferecer deslumbrantes paisagens montanhosas. Entre prédios antigos e exemplares da arquitetura moderna, é possível ver montanhas tomadas por casas da periferia de La Paz e ao fundo as montanhas nevadas, que permanecem durante a maior parte do ano encobertas de neve. Outro ponto interessante é o contato com uma das culturas mais antigas do mundo, que é bastante preservada. Até nas ruas de La Paz é possível encontrar pessoas falando em quechua ou aimara, idioma do presidente Evo Morales.
O museu de São Francisco, na praça de mesmo nome, é um excelente lugar para conferir traços da cultura desses povos e ver de perto a forte religiosidade dos andinos. Em todos os dias da semana, a igreja é movimentada com fiéis e adoradores de Nossa Senhora de Copacabana e outros santos, como São Francisco de Assis, que dá nome ao local. O Museu de Arte Contemporânea, localizado na Avenida 16 de Julho, na região central de La Paz, reúne obras que mostram a valorização das raízes da civilização Inca e de hábitos dos povos andinos. São telas que revelam diversos hábitos da região, como a dança típica, chamada Cantos de Charazani - povoado montanhoso onde vivem os kallawayas, curandeiros populares xamãs nômades que habitam a região desde antes da colonização espanhola.
No museu, há também uma sessão dedicada exclusivamente a Che Guevara, com telas que retratam principalmente o momento da morte do líder. Outro ponto obrigatório ao visitante é o Museu de La Coca, no Centro de La Paz. Ali, é possível entendar porque a folha é tão preciosa para esse povo. A sedução das compras Como 1 real vale cerca de 3,86 pesos bolivianos, gastar dinheiro em La Paz é uma tentação quase irresistível. A famosa Calle de las Brujas, por exemplo, é endereço obrigatório para quem quer comprar barato e encontrar desde lembrancinhas, como os famosos chaveirinhos com miniaturas de charangos, até eletro-eletrônicos a preço bem mais em conta.
Calle de las Brujas, La Paz - Bolívia. |
A avenida, que instiga a bruxaria no nome é famosa por concentrar lojas e bancas que comercializam artefatos utilizados em magias e rituais espirituais e onde são encontrados desde morcegos ressecados a fetos de lhama, animal símbolo da Bolívia, dentro de vidros. Outro comércio que chama atenção na Calle de las Brujas é a quantidade de pessoas que ficam em esquinas para fósseis oferecer aos turistas. Apesar de ser um comércio ilegal, a venda dos artigos tornou-se conhecida em toda La Paz e a maioria dos pacenhos sabe informar onde conseguir um. Mas o roteiro de compras na Bolívia não termina por aí. Há também a Calle del Comercio e feiras por toda a cidade, onde se pode comprar desde banha de lhama até um apreciado licor de coca, vendido por 45 bolivianos na maioria das feiras.
O visitante deve tomar cuidado para não pagar mais caro. A região da Praça de São Francisco, que concentra muitos hotéis, tudo é mais caro. > PROGRAME-SE La Paz é a capital administrativa e sede do governo e maior cidade da Bolívia, além de ser a capital mais alta do mundo: 3.600 metros acima do nível do mar. A cidade foi construída dentro de um cânion formado no altiplano. Com cerca 1,6 milhão de habitantes, a sede do governo está na cidade desde 1898.
COMO CHEGAR De avião - O Aeroporto Internacional de El Alto, na cidade satélite de mesmo nome Por terra - Chegam ônibus de diversas localidades do Peru na praça em frente ao Cemitério Geral, ou é possível chegar também a partir de Estados como Rondônia, Mato Grosso do Sul e Acre
COMO ANDAR NA CIDADE Há dois tipos de transporte coletivo na cidade: os microônibus, que custam em média 1 boliviano; e as vans, ou mini-buses, um pouco mais caras e que têm um cobrador gritando o itinerário para quem quiser ouvir. Basta subir e pedir para parar onde quiser (quase não há paradas regulares). Táxi também é um meio muito usado em La Paz por ser muito barato. Não existem taxímetros e o preço deve ser combinado com o motorista antes do início da viagem. Normalmente, dentro da cidade, as corridas vão de 5 a 20 bolivianos
É fácil chegar e difícil respirar
A cidade está localizada perto de muitas ruínas naturais e antigos também. Muitos turistas optaram por fazer viagens de um dia para as ruínas Tiahuanaco, que são milhares de anos mais velhas do que Machu Picchu
Carimbar o passaporte gastando pouco, é fácil, já que entrar na Bolívia é um processo muito simples. De São Paulo, há vôos diários para La Paz. Mas, se a idéia for chegar por terra, também não há dificuldade. Basta reservar um lugar em um ônibus que chegue até Puerto Suarez, na divisa com Corumbá (MS), de onde saem ônibus e trens diários para a região central do país. O conhecido "trem da morte" é opção para quem quer andar sobre os trilhos, mas são 18 horas até Santa Cruz para ter acesso mais fácil até La Paz, já na fronteira com o Chile. Chegar é fácil.
O difícil é respirar na capital mais alta do mundo, a 3.650 metros acima do nível do mar. Com isso, o frio é garantido e o visitante deve estar avisado para levar muito agasalho na bagagem. No verão, as temperaturas mais altas chegam no máximo a 20º C. Quem chega de avião, logo percebe as formações de neve sobre a Cordilheira dos Andes. Ao aterrisar no aeroporto de El Alto, a dificuldade para respirar chega junto com dores de cabeça e enjôos, já que a cidade-satélite é ainda mais alta, com 4.100 metros de altitude. Para driblar a dificuldade de respiração, os bolivianos cuidam de oferecer, em vários lugares mate, folhas e balas de coca. Mas um dia depois, as dificuldades tendem a passar e, com o corpo mais adaptado, é hora de apreciar as belezas dos Andes.
Chacaltaya, uma das colunas dos Andes, fica a menos de 2 horas de La Paz e, por cerca de R$ 40 é possível esquiar na pista mais alta do mundo - 5.265 metros acima do nível do mar. Porém, os visitantes que procurarem La Paz nessa época do ano encontrarão a pista interditada para reforma. Do outro lado da capital boliviana, vale a pena conferir as ruínas de Tiahuanaco, que mostram parte do que foi o local antes da civilização Inca e depois dos espanhóis chegarem na Bolívia. Outra opção é visitar o famoso Lago Titicaca, em Copacabana, que deslumbra os olhos dos visitantes pela beleza das águas azuis.
É o maior lago navegável do mundo e a vista é impressionante, de um azul encantador. Do Titicaca vem a famosa truta, que é vendida assada a preços variados em La Paz, Copacabana e demais cidades do País - La Trucha del Titicaca. Outra ponto turístico de encantar os olhos é a paisagem de sal de Uyuni, na região sudoeste do país, considerado o maior salar do planeta. É um deserto formado pela evaporação da água salgada. Vale a pena programar pelo menos dois dias para conhecer e explorar bem o lugar.
Fonte: Jornal O Popular
COMO CHEGAR
Companhias como a Aerosur ligam La Paz ao Brasil com escalas em Santa Cruz de la Sierra.
INFORMAÇÕES AO VIAJANTE
Línguas: Espanhol Quíchua e Aimará
Moeda: Boliviano
Como ligar para o Brasil: 800-100055
Visto: Não é necessário
Saúde: Exige certificado internacional de vacinação contra febre amarela. Tome precauções com o mal de altitude, não exagerando nos esforços físicos até completar a adaptação. Proteja-se do sol adequadamente e evite comer em restaurante suspeitos.
Embaixada oficial no Brasil:
SHIS, QI 19 Conj.13, Casa 19, Lago Sul - Brasília/DF
(61) 3366-3432
http://www.embolivia.org.br
Melhor época para visitar: No final de cada estação chuvosa, fim de janeiro e de agosto. Mas, de outubro a maio, as chuvas colaboram para diminuir o calor.
Site: www.lapaz.bo
População: 877.363 hab
DDD: 2
Fuso horário: -1h (horário de Brasília)
Distância de outras cidades: Potosi 748km, Uyuni 497km
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