domingo, 16 de setembro de 2012

San Carlos de Bariloche, cidade argentina é destino para todas as épocas do ano


Bariloche, cidade argentina famosa entre turistas brasileiros, é destino para todas as épocas do ano

Arte UOL
É muito difícil que um viajante volte frustrado desse tradicional destino turístico do oeste da Argentina. Localizada no setor norte da cobiçada Patagônia, às margens do lago Nahuel Huapi, Bariloche já provou que está preparada para receber visitantes durante todo o ano, sobretudo os brasileiros que, na temporada de inverno, são mais de 50 mil. Não é a toa que o destino é conhecido como ‘Brasiloche’.

No inverno, a paisagem se pinta de branco, os cerros locais se enchem de neve e as baixas temperaturas, que chegam a atingir alguns pontos abaixo de zero, são uma agradável desculpa para a prática de esportes radicais ou apenas para um encontro entre amigos em alguma cafeteria do simpático Centro Cívico.

No entanto, a face invernal é apenas uma das versões possíveis dessa cidade multifacetada que, há menos de 100 anos, era uma região isolada e pouco conhecida, entre as cordilheiras dos Andes.

Opções não faltam para os visitantes que desembarcam na região durante os meses mais quentes da primavera e do verão. Trekkings por bosques de “arrayanes”, curiosas árvores que chegam a ter mais de 15 metros de altura e troncos grossos revestidos com uma casca fria de cor acanelada e manchas brancas; tranqüilos raftings pelas águas esverdeadas do rio Manso ou até kitesurfing no lago Nahuel Huapi, cujas águas são utilizadas também para congelantes banhos em praias improvisadas sobre terreno formado por pedras.
Bariloche é o destino campeão de visitas na região da Patagônia e oferece opções de lazer que vão de caminhadas até navegações pelos lagos da região, como as que acontecem, no verão no Lago Moreno

San Carlos de Bariloche, nome oficial dessa cidade a mais de 1600 km de Buenos Aires, recebeu seus primeiros residentes no final do século 19, um grupo formado por imigrantes alemães e austríacos dispostos a habitar aquele território então distante e com trechos intransitáveis. O decreto de sua fundação só viria em 1902, assinado pelo presidente Julio A. Roca.

Para repor as energias, o visitante tem à disposição uma gastronomia local que, entre pratos argentinos e outros trazidos da Europa, recebe os comensais com carnes de diferentes cortes e procedências, como as de cervo e coelho; pratos preparados com ingredientes trazidos de águas patagônicas, como trutas e salmões; foundes com sotaque suíço; e uma infinidade de tortas e chocolates. Tudo isso regado a vinhos respeitáveis com preços acessíveis.

Bariloche não deve mesmo frustar nenhum de seus visitantes.

Aos pés dos Andes, São Carlos, a maior área de esqui da América do Sul, também oferece oportunidades excitantes de passeio de barco, caminhada, paragliding e alpinismo. Os verdadeiramente bravos de coração podem mergulhar no Lago Nahuel Huapi congelado, cuja temperatura, mesmo no verão, nunca fica acima de uma média amena de 14°C. Praias como Playa Bonita e Villa Tacul são fascinantes, mas tente evitar a cidade em julho, quando ela é inundada por estudantes.

Em San Carlos de Bariloche a temperatura chega a -10 °C no Cerro Catedral (principal estação de esqui de toda a América Latina), e em maio deste ano, aconteceu a primeira nevasca da região, cobrindo o Cerro e várias partes da cidade. Então na hora de arrumar as malas, não esqueça de pegar as blusas, cachecóis, luvas e gorros.
Os cubanitos (waffle recheado com doce de leite argentino) são uma das sensações da culinária de Bariloche. Eles podem ser encontrados por toda parte, principalmente nas lojas do centro da cidade, junto com chocolates dos mais diversos tipos, jeitos, cores e sabores. Os doces formam uma ótima combinação com o frio local. Já aos que optarem pelo salgado, existem os tradicionais tostados, que são sanduíches de pão de forma bem fininho, recheados com presunto e queijo (jamon e queso), tostados ao ponto.

Para perder as calorias é só passar o dia no centro se esqui. Os instrutores são treinados a ajudar a todos os turistas de plantão. Os que não sabem esquiar podem aprender na hora. Só não se esqueça de usar o equipamento de segurança. Em Piedras Blancas, por exemplo, dá para brincar de esquibunda, uma atividade simples e divertida.

Quem não gosta de esquiar pode aproveitar para caminhar e aproveitar as paisagens que são belíssimas, como a do Circuito do Chico. No Cerro Otto, pode-se andar de teleférico e comer em uma doceria giratória, localizada no topo da montanha. E para quem estiver a fim de dançar, a Grisu é uma das baladas mais famosas da região, com vários ambientes de dança. É impossível sair de Bariloche sem aprender o reggaeton (um ritmo latino bem dançante).

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