quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Argentina. Perito Moreno, a geleira mais famosa da Patagônia


Perito Moreno, uma das maiores atrações naturais da Argentina, é a geleira mais famosa da Patagônia. Esse gigante gelado estende-se por mais de cinco quilômetros de largura e chega a 60 metros de altura. É a estrela do Parque Nacional Los Glaciares, que reúne mais de 360 glaciares. De quando em quando, ocorre o desprendimento maciço de parte do paredão de gelo, mediante um estrondo amendrontador e fascinante. O resultado são icebergs flutuando soltos pelo Lago Argentino. Esse retumbante espetáculo, sem data certa para acontecer, mas monitorado por cientistas, é transmitido em cadeia nacional pelas TVs argentinas.

O Perito Moreno é uma das geleiras da Patagônia. Rodeada por bosques e de frente para o lago argentino, Perito Moreno é uma das geleiras mais populares e visitadas do mundo. Tem 60 metros de altura e quase cinco quilômetros de paredão. Onde o gelo encontra a água, Perito Moreno é um gigante branco com tons azulados que forma um espetáculo ainda mais lindo por causa da luz do sol que reflete no gelo.

Há sempre uma ordem: primeiro ouve-se o estrondo. Depois, começa a queda. E o pedaço de gelo cai a uma velocidade que não parece real. E é por esse momento que turistas se movimentam em barcos e nas passarelas, esperam ansiosos. "É belíssimo, natureza fora do comum", afirma o advogado Nilton Sousa.

Além dessa explosão natural que acontece em qualquer época do ano, Perito Moreno também se tornou conhecido por ser uma das poucas geleiras estáveis no mundo. Desde 1914, tem o mesmo tamanho.

“As geleiras estão constantemente em movimento. Aliás, para definir uma geleira: é gelo em movimento. O Perito Moreno é uma exceção na Patagônia. A maioria das geleiras na Patagônia está retraindo. Algumas retraíram mais de três ou quatro quilômetros nos últimos 50 anos. Por que o perito moreno está estável? Por causa da morfologia dele. Ele simplesmente está sentado em uma rocha e tem essa posição estável. Se nós continuarmos a perder massa do gelo da Patagônia, cedo ou tarde ele vai retrair também”, explica o glaciologista Jefferson Simões, da UFRGS.

Globo reporter

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