quinta-feira, 16 de julho de 2009

Monte Verde (MG): Lugar para quem busca sossego

Basta a temperatura baixar para a Serra da Mantiqueira virar sinônimo de badalação. Mas não em Monte Verde.
Na mesma altitude de Campos do Jordão, só que do lado mineiro da fronteira, o vilarejo de 4.000 habitantes conserva um estilo pacato, mas não menos romântico e agradável para passar as férias de inverno.
Ivan Luiz Padovani/Divulgação
Caminhada para o mirante do Aeroporto, considerado um dos mais altos do país, localizado a mais de 1.500 metros de altitude
Caminhada para o mirante do Aeroporto, considerado um dos mais altos do país, localizado a mais de 1.500 metros de altitude
Cheio de pousadas com inspiração alpina, não há muito a se fazer por lá. Mas esse é justamente o principal atrativo de Monte Verde.
Boa pedida para namorados em busca de sossego, o distrito do município de Camanducaia é também destino certo para amantes da natureza.
A 1.554 m de altitude, é cercada por montanhas com araucárias. Nessa época, as temperaturas ficam negativas na madrugada, fazendo com que a vegetação fique, por algumas horas, branca de geada. Por isso, os mineiros já apelidaram o vilarejo de "Suíça de Minas".
Editoria de Arte/Folha Imagem
A alcunha também vem da história. O vilarejo foi fundado em 1938 por um casal de imigrantes da Letônia, os Grinberg, cujo sobrenome significa justamente Monte Verde. Há muitos passeios, sobretudo montanha acima.
Após uma hora e meia de caminhada, chega-se à Pedra Partida, a 2.050 m de altitude, com bela vista da Serra da Mantiqueira.
Outras trilhas levam ao Chapéu do Bispo e à Pedra Redonda. Mesmo pequena, Monte Verde também oferece bons restaurantes, que mesclam a tradicional gastronomia mineira aos sabores da cozinha internacional. Um dos destaques são os pratos à base de truta, peixe de águas frias.
MAURÍCIO MORAES
da Folha de S.Paulo

Alasca: Beleza e aventura levam mais de 1 mi de visitantes ao ano

Não foi só no Alasca: Sarah Palin, 45, candidata derrotada à vice-presidência na chapa do Partido Republicano nas últimas eleições norte-americanas, deixou, de novo, todo o mundo político boquiaberto ao anunciar sua renúncia ao governo do Alasca, devendo deixar o posto no próximo dia 26.
Primeira mulher -e a mais jovem- a ocupar o cargo, tem governado o mais extenso Estado norte-americano, de 1.518.800 km2 (área semelhante à da Amazônia brasileira), mais de olho na mídia do que na economia e na "realpolitik".

Silvio Cioffi/Folha Imagem

Paisagem próxima ao glaciar Hubbard, um dos mais gigantescos blocos de gelo da região de "Inside Passage"

Fazendo as vezes de "a verdadeira americana", essa ex-miss foi guindada em 2008 à condição de celebridade e, inúmeras vezes, ridicularizada por suas declarações infelizes em programas humorísticos.
Mas, a despeito da política atabalhoada e dos estereótipos largamente disseminados de que o Alasca é uma terra gelada e inóspita, o 49º Estado dos EUA esbanja saúde nos quesitos turismo de cruzeiro e turismo de aventura.

Nostálgicas e imersas num cenário natural grandioso, as cidades de Juneau, capital e antigo centro madeireiro e de mineração; Ketchikan, um pitoresco entreposto de pesca no sopé das montanhas; e Skagway, a porta de entrada para o outrora selvagem território de Yukon - todas elas na região da "Inside Passage"-, atraem 1,2 milhão de passageiros/ano a bordo de transatlânticos.

Pela proa são vistos glaciares e fiordes, as paisagens idílicas dos parques nacionais e oportunidades de passeios que colocam o viajante em contato com a cultura dos antigos habitantes nativos em locais que mostram totens e em museus bastante bem organizados.

Durante os cruzeiros são oferecidos tours de charrete, de barco, de helicóptero, de carro-anfíbio, de trenó e de hidroavião em cada um desses portos da "Inside Passage".

E, fora do circuito propriamente turístico, há Anchorage, a maior cidade do Alasca, que, servida por voos da Alaskan Airlines, faz as vezes de centro financeiro e industrial.

Reviravoltas da história
Silvio Cioffi/Folha Imagem

Detalhe de Loggerville, bairro-fantasma flutuante nos arredores de Ketchikan
Quando, em 1959, o então presidente Dwight Eisenhower decidiu pela emancipação do Alasca e transformou em Estado esse território cuja área equivale a 20% dos EUA, houve quem considerasse a medida inoportuna, temendo o excesso de regulamentação e o aumento das taxações sobre as principais atividades da economia de então: a mineração, a extração de madeira e a pesca de salmão.

O Alasca, que havia pertencido à Rússia dos czares até 1867, quando foi comprado pelos EUA por US$ 7,2 milhões, dista apenas 90 km do extremo oriental da Sibéria e foi, desde tempos imemoriais, habitado por povos nativos, como os esquimós e os aleuts, para quem o termo "alaskhak" significava terra grande.
Foi, a partir do final século 18, objeto da cobiça de várias potências, caso da Espanha, do Reino Unido e até da França.

Já como território dos EUA, entrou para o mapa-múndi da economia com a Corrida do Ouro e, com o tempo, além da produção aurífera, encontrou prata, petróleo, minério de ferro e minerais considerados estratégicos, como tungstênio, antimônio, grafite e enxofre.


A pesca do salmão e dos caranguejos "king crab" e dungeness, junto da extração de madeira, alavancam o progresso desde antes da Segunda Guerra (1939-1945).

Nessa época, por sua posição geopolítica estratégica, os EUA decidiram tirar o Alasca de sua relativa ingenuidade extrativista e lá construíram diversas instalações militares.

Em 1942, ano em que os EUA se envolveram mais diretamente na guerra mundial, três das ilhas do arquipélago das Aleutas foram ocupadas pelo exército japonês.
O Alasca foi, a rigor, a única área do continente americano a ser invadida pelas forças do Eixo Roma-Berlim-Tóquio durante o conflito.

Os EUA reconquistaram esse território um ano depois, em 1943. À época, eram 150 mil os soldados ali alocados -e, finda a Segunda Guerra, muitos deles ficaram na região, considerada uma terra de oportunidades.

Relativamente isolado, o Alasca ostenta o título de um dos menos populosos Estados dos EUA: com cerca de 660 mil habitantes, tem 0,42 hab/km2.

Montanhoso e cercado pelas águas, é realmente um local ideal para ser desvendado a bordo dos transatlânticos de cruzeiro que, de agora até setembro singram as águas calmas da "Inside Passage".
Ali, entre os mamíferos marinhos, há baleias jubarte (ou "humpbacks"), orcas, golfinhos, focas e leões-marinhos. Um dos pássaros mais comumente avistados é a águia-careca, ou águia-de-cabeça-branca, que faz seu ninho nas proximidades de Ketchikan e de Juneau, onde o viajante que sobe no teleférico de Mount Roberts ou vai de carro até o glaciar de Mendenhall se depara com avisos de que é ilegal alimentar os ursos.


SILVIO CIOFFI
da Folha de S.Paulo, no Alasca
SILVIO CIOFFI viajou ao Alasca a convite U.S. Travel Association, da American Airlines e da Celebrity Cruises.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Parque Nacional do Caparaó: Trilhas e caminhadas


A Rota do Caparaó, no Espírito Santo, envolve 11 municípios do entorno do Parque Nacional do Caparaó, que fica na divisa do Estado com Minas Gerais. Durante os meses de inverno a temperatura chega a 0ºC.

As cidades que fazem parte da rota são Jerônimo Monteiro, Alegre, Guaçuí, São José do Calçado, Dores do Rio Preto, Divino São Lourenço, Ibitirama, Irupi, Iúna, Muniz Freire e Ibatiba. Além de todas as belezas do parque, os turistas podem aproveitar para conhecer cada um desses lugares.

O principal destaque da Rota é o Parque Nacional do Caparaó, que também agrega parte da Serra do Mar e da Mantiqueira, do Pico da Bandeira e do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça. Outro atrativo da Rota do Caparaó é o Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do Brasil.


O parque possui duas áreas de camping e várias cachoeiras. A Rota do Caparaó também costuma atrair os turistas pela vista do pôr-do-sol.

Opções de lazer e diversão na Rota do Caparaó



Parque Nacional do Caparaó
A maior atração é o Pico da Bandeira, com 2.890m de altura, o terceiro ponto mais alto do Brasil, com várias espécies vegetais e animais. Aproximadamente 70% do Parque fica em território capixaba.

Alegre
Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça. Com uma queda de 144m de altura, a cachoeira atrai centenas de visitantes.

Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha Capela mor de Alegre. Sua construção inicial é de 1851, feita em barro e madeira. Posteriormente a igreja foi ampliada e conta com vitrais que retratam a vida de Cristo e pinturas do indiano Diwali.

Solar Miguel Simão. Tem estilo art-nouveau e foi construído em 1927 pelo libanês Miguel Simão para servir de casa comercial de café.

Jerônimo Monteiro
Gironda. É uma localidade que reflete como foi o a época do ciclo do café e da cana, e possui todo seu casario preservado e restaurado.

Muniz Freire
Serras do Apolinário, do Valentim e a de São Cristovão, oferecem belas paisagens do Pico da Bandeira e da Pedra Azul.

Ibitirama
Fazenda Tecnotruta. Funciona também como pesque-paque e restaurante.

Dores do Rio Preto
Pedra Menina Serra. Possui várias cachoeiras e do alto dá pra avistar os picos da Bandeira e do Cristal. É um local ideal para o trekking.


Pico do Cristal. Seu acesso é feito por uma difícil trilha, localizada do lado oposto às que levam ao Pico da Bandeira. Recomenda-se a subida apenas para montanhistas ou para os conhecedores da região.

Divino de São Lourenço
Corredeiras da Mangueira e do Sumidouro. A primeira tem poço de águas claras e frias, adequadas para banho. A segunda, 100m de extensão e 15m de largura.

Cachoeiras Bonita, do Granito, da Jacutinga e da Prainha são algumas das principais do Município.

Irupi
Pedra da Tia Velha. É ideal para a prática de esportes radicais como rappel e asa-delta.

São José do Calçado
Pedra do Pontão. A formação do relevo do lugar favorece a prática de asa-delta e parapente

Guaçuí
Cristo Redentor. Localizado na entrada da cidade, a 700m de altura. Foi inaugurado em 1958 e tem 20,4m de altura.

Festival Nacional de Teatro. É o principal evento cultural do Município, realizado no Teatro Fernando Tomé.

Iúna
Água Santa. Atraídos pela fé, os turistas procuram as águas e o local em busca de cura e de salvação. A Pedra dos Milagres ou dos Pecados envolve uma gruta com uma abertura de 50 cm e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Ibatiba
Rochedos Pedra dos Três Pontões e Pico do Colossus.

Festa do Tropeiro. É uma das festas mais tradicionais da região do Caparaó.