segunda-feira, 6 de junho de 2011

Zhujiajiao, na periferia de Xangai: a Veneza do Oriente

Zhujiajiao, a Veneza do Oriente, fica nos arredores de Xangai e merece uma visita

Claudia Sarmento

TÓQUIO - Capital empresarial chinesa, símbolo maior da economia que mais cresce no mundo, muita gente vai a Xangai só a negócios e mal tem tempo de ver o (pouco) que restou da China antiga. Para quem tiver uma brecha na agenda, vale muito a pena encaixar uma visita à cidadezinha de Zhujiajiao, na periferia de Xangai. O lugar, cortado por canais, tem mais de 1.700 anos de história e é definido pelos guias como "a Veneza do Oriente". A comparação é meio exagerada, mas o passeio é uma graça. A população local vive e trabalha nas casas de madeira, erguidas durante as dinastias Ming e Qing. A cidade é ligada por pequenas pontes, bem românticas. Templos e jardins da nobreza, transformados em museus, estão entre as principais atrações de Zhujiajiao, assim como os restaurantes, muito populares entre os próprios chineses. As lanternas vermelhas colorem o local. É um alívio para quem se sente asfixiado pela poluição e os arranha-céus de Xangai.

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APOSTAS
Os points do futuro. O site da CNN dedicado a viagens à Ásia (www.cnngo.com) listou os lugares que prometem se transformar nas próximas grandes atrações turísticas do continente. Anote os nomes, ainda desconhecidos, mas que estão investindo pesadamente em turismo: Marinduque, uma ilha vulcânica de praias paradisíacas nas Filipinas; Phu Quoc, ilha no Vietnã, ótima para mergulhos; Ho Tram Strip, também no Vietnã, onde uma costa ainda pouco explorada foi escolhida para abrigar cassinos-resorts ao estilo Las Vegas, e Hainan Island, na China, apelidada de "Havaí chinês".

GASTRONOMIA
Os melhores da Ásia. A lista San Pellegrino, que elege os melhores restaurantes do mundo e botou o D.O.M, de Alex Atala, em sétimo lugar, passou a prestar mais atenção na Ásia. Pela primeira vez, o continente - já consagrado pelo Michelin - teve quatro representantes entre os 50 nomes. O Les Creations de Narisawa, que oferece em Tóquio um fantástico cardápio inspirado na cozinha molecular, foi considerado o 12 melhor do mundo. O Nihonryori RyuGin, também na capital japonesa, ficou em 20 lugar. O Iggy's, de Cingapura, e o Amber, de Hong Kong, completam a participação asiática na lista (respectivamente os números 27 e 37 da seleção). Não é uma performance ruim para uma região que foi totalmente ignorada quando a escolha da San Pellegrino começou, em 2007.

MÚSICA
Heróis da resistência. Quem desembarca na estação de Shinjuku, a maior do metrô de Tóquio, fica de boca aberta quando se depara com a imensa loja da Tower Records, logo na saída EastSouth. Se nos EUA a rede faliu, no Japão a marca é independente da cadeia americana e resiste bravamente. Só a loja de Shinjuku tem sete andares, com todos os tipos de CDs e DVDs que se pode imaginar. O bairro é caótico e delicioso ao mesmo tempo, um passeio obrigatório, mas é comum os visitantes desistirem de bater perna por suas ruas para passar o dia trancafiados na Tower Records.

O Globo

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