quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa. Um paraíso no Oceano Pacífico


Bora Bora é uma ilha do grupo das Ilhas de Sotavento do arquipélago de Sociedade na Polinésia Francesa, um território ultramarino francês localizado no Oceano Pacífico.

A ilha é um atol, situado a cerca de 230 quilômetros a noroeste de Papeete (Taiti), encontra-se rodeada por uma laguna delimitada por um recife de coral de onde sobressaem algumas pequenas ilhotas, os motus. No interior deste arco erguem-se dois picos, o Monte Pahia e o Monte Otemanu, este último com 727 m de altitude (o ponto mais alto da ilha), reminiscências de um vulcão entretanto extinto. O nome original da ilha em língua taitiana, Pora Pora, pode ser traduzido como nascida primeiro.

Administrativamente a ilha faz parte da comuna (municipalidade) de Bora-Bora, pertencendo esta à divisão administrativa das Ilhas de Sotavento. Em Agosto de 2007 a sua população rondava as 8 880 pessoas. A povoação principal, Vaitapé, situa-se na parte ocidental da ilha, em oposição ao principal canal de entrada na laguna. Os produtos insulares estão limitados ao que pode ser obtido do oceano e aos coqueiros, historicamente de grande importância econômica devido à copra.
Mesmo sem estatísticas oficiais, é possível afirmar que Bora Bora (distante 240 quilômetros a noroeste do Taiti) concentra a maior quantidade de relações sexuais "per capita" por dia no mundo. A explicação é fácil. As ilhas da Polinésia atraem, cada uma, um tipo de turista. Bora Bora recebe aqueles que estão em lua-de-mel. Para qualquer lugar que você olhe, vê casais trocando beijos. Se pára para conversar, logo fica sabendo que o casamento foi há, no máximo, uma semana.

Junte-se a isso a beleza da ilha, que ninguém pode negar que seja afrodisíaca, e a pouca oferta de atividades noturnas "out door", e você terá a equação perfeita para afirmar que uma boa percentagem das relações sexuais que acontecem todos os dias no mundo se concentra nessa ilha.

Lagoa e norte-americanos

Fora o exercício da fornicação, a ilha oferece uma série de atrações. Ela é toda rodeada de "motus" (ilhotas formadas por corais), o que deixa as águas quase paradas e com aparência de lagoa azul, ideal para a prática do snorkel ou esportes relacionados com velas.

Se a intenção é apenas ficar ao sol, a grande opção são os "motus". Todos são desabitados e possuem praias desertas. A maioria dos hotéis oferece barcos entre a ilha e os "motus". Outra opção é ir de barco a Vaitapé, principal vila de Bora Bora e endereço do porto mais importante.

Em terra firme, você consegue conhecer a ilha toda utilizando qualquer meio de transporte _carro, bicicleta, lambreta_ ou mesmo a pé. Há apenas uma estrada asfaltada (bem cuidada, sem buracos) que circunda toda a ilha. São ao todo 32 quilômetros.

Se quiser passeios mais para dentro da mata, é recomendável alugar um carro com tração nas quatro rodas para vencer as trilhas. No mato você vai conseguir ver a herança que os americanos deixaram na Segunda Guerra Mundial. Sob o pretexto de proteger a Polinésia (território francês) dos soldados japoneses, os americanos colocaram canhões e construíram "bunkers" na ilha.

Os japoneses em guerra nunca vieram. Como vêm agora como turistas, os canhões servem para eles tirarem fotos. Já os "bunkers" servem para proteger os polinésios quando a região é atingida por ciclones, como aconteceu no final da década passada, momento no qual hotéis e casas foram destruídos.

Além do perigo dos ciclones, que os nativos dizem que aparecem a cada 7 ou 8 anos, os habitantes de Bora Bora também afirmam que a ilha está desaparecendo. Dizem que, desde sua origem, por uma erupção vulcânica há mais de 4 milhões de anos, está afundando e submergirá em milhões de anos.

Pode ser apenas uma lenda polinésia. Mas, como a procura pela ilha é grande e os hotéis estão sempre lotados, é melhor fazer já a reserva para sua lua-de-mel ou bodas de ouro. Mesmo em quartos separados, você vai estar participando da maior bacanal do mundo.

Turisticamente, Bora Bora é ímpar. Tem todas as atrações comuns aos destinos de praia, com um cenário emoldurado por um mar turquesa, areia branca, calor e palmeiras. Lá, visitantes têm ainda opções excelentes para mergulho, para isso, contam com vários serviços de guias, que podem indicar os melhores pontos para se observar corais e peixes, inclusive arraias e tubarões.

Uma boa opção para alugar equipamentos e conseguir guias é o Diving Center, que oferece visitas a pontos de mergulho de acordo com o interesse do turista. O serviço de guias é superprofissional, uma alternativa mais intimista é o guia Cristophe, apontado como um dos melhores do local – conhece muito sobre a fauna e flora da região e faz passeios com grupos de até seis pessoas. Além do mar, Bora Bora compreende inúmeros lagos de igual beleza, onde visitantes podem mergulhar e avistar golfinhos, tartarugas e mais tubarões, mas em águas ainda mais calmas que as do Pacífico na região. Nesse sentido, Lagonarium é um dos pontos mais conhecidos da ilha.

Outra coisa que chama atenção são as cabanas construídas sobre as águas, chamadas de over-the-water bungalow. Esse tipo de habitação tornou-se comum em toda a laguna. E não é só na água que está a beleza do lugar; em terra firme pode-se passear pela ilha e conhecer os canhões deixados pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Quanto aos turistas, nem é preciso fazer pesquisa para comprovar que a maioria é constituída por casais. Para todo lugar que se olha o que se vê são casais trocando carícias, muitos em plena lua de mel, o que não poderia ser diferente por estarem num lugar tão afrodisíaco.

Bora Bora é especializada em atender seus visitantes. Existem até hotéis construídos sobre os lagos. Fora da água, o turista pode aproveitar as praias espetaculares com altas temperaturas, por volta de 30°, praticamente o ano todo. A culinária de Bora Bora é considerada exótica, usando forno subterrâneo para o preparo dos pratos típicos, investindo em peixe cru e frutos do mar. No cenário, destaca-se o Monte Otemanu – um dos picos do vulcão que deu origem à ilha – e passeios de jipe são oferecidos para circundá-lo e conhecer melhor todo o local.

O lugar
Geograficamente, Bora Bora é um conjunto de ilhas localizado no Oceano Pacífico, um local paradisíaco onde a beleza natural transcende em todos os sentidos. O turismo tem forte influência na economia da região e a cada ano cresce o número de estrangeiros que procuram conhecer as deslumbrantes paisagens da ilha. O Arquipélago da Sociedade é um dos cinco arquipélagos que formam a Polinésia Francesa, um território insular dependente da França localizado ao sul do Oceano Pacífico. As ilhas deste arquipélago estão dividas geográfica e administrativamente em dois grupos: as Ilhas de Barlavento, que concentram cerca de 75% de toda a população do país, e as Ilhas de Sotavento, que possuem alguns dos principais pontos turísticos da Oceania.

É a 230 quilômetros de Papeete, a capital da Polinésia Francesa, que fica Bora Bora, ilha cercada por uma lagoa e uma barreira de recifes que já ilustrou milhões de cartões postais, tornando-a um dos destinos turísticos, se não mais visitados, pelo menos dos mais famosos do mundo. Em taitiano, Bora Bora significa “primogênito”. Pouco se sabe sobre tal nomenclatura, mas o certo é que no centro da ilha encontra-se um vulcão extinto com dois picos: o Monte Pahia e o Monte Otemanu, ponto culminante com 727 metros de altitude.

A maior cidade de Bora Bora é Vaitape, que juntamente com outras comunidades, tira a sua subsistência do mar e das palmeiras, de onde é extraída a copra, polpa seca do coco usada para o fabrico de sabão e muitos tipos de alimentos, como a manteiga e o chocolate. A copra possui uma importância histórica para a região: antes do surto de industrialização mundial, era recolhida de ilha em ilha por comerciantes em boa parte do Oceano Pacífico. Vaitape, de acordo com um censo realizado em 2007, tinha 4.927 habitantes fixos e Bora Bora tinha aproximadamente 8.880 habitantes nos seus 29,3 quilômetros de área.

Após 7 de dezembro de 1941, quando os japoneses atacaram os Estados Unidos em Pearl Harbor, os norte-americanos escolheram Bora Bora como base militar no Pacífico Sul. A “Operação Lince”, como ficou conhecida, levou para a ilha nove navios de ataque, cerca de 20 mil toneladas de equipamento e cinco mil homens. Felizmente, Bora Bora nunca viu um combate enquanto os americanos estiveram por ali. A base militar foi oficialmente fechada em 2 de Junho de 1946 e mesmo assim muitos militares recusaram-se a voltar para a América, declarando amor eterno à ilha, juntamente com os milhares de habitantes que nunca a deixaram, mesmo sob ameaça de ataque.

Apesar da importância histórica da copra, hoje Bora Bora vive quase que especificamente do turismo. Há 13 anos, o Hotel Bora Bora construiu os primeiros bangalôs em palafitas sobre a lagoa da ilha. Atualmente, os bangalôs são a principal atração dos resorts existentes, que podem variar muito, indo dos mais simples e consequentemente mais baratos até outros que mais parecem suítes presidenciais de um hotel cinco estrelas e custam muito dinheiro, até mesmo para os mais abastados.

As ruínas da base norte-americana estão abertas à visitação e vários canhões, que antes tinham como objetivo destruir embarcações japonesas, agora servem como cenário de fotografias. Há também os bunkers – fortificações subterrâneas construídas para resistir a bombardeios – que já salvaram muitas pessoas de ciclones, não muito raros na região, tendo o último acontecido no fim da década passada.

O aeroporto de Bora Bora recebe seis voos diários da Air Tahiti, companhia aérea regional. O único aeroporto internacional da Polinésia Francesa encontra-se em Papeete. O meio de transporte recomendado para passear por Bora Bora são as bicicletas, tendo em vista a precariedade do transporte coletivo da ilha – apenas um único autocarro, que anda por metade de Bora Bora e volta uma hora depois para a metade seguinte. Existe apenas uma estrada alcatroada, que circunda toda a ilha e possui 32 quilômetros de extensão. No entanto, é muito bem cuidada e sem buracos, tornando-a ainda mais propícia a ciclistas.

De fato, Bora Bora é muito famosa entre os mergulhadores. A lagoa de águas esmeraldas e cristalinas e rodeada pela barreira de recifes de coral é o lar de muitas espécies marinhas, principalmente arraias e tubarões, como já descrito. Mas vale dizer que esses animais são pacíficos e, apesar de oferecem perigo ao ser humano, só atacam quando se sentem ameaçados. Mesmo assim, a prática de mergulho ali é realizada por poucos.

No entanto, Bora Bora ficou popular mesmo entre os recém-casados. Se reconhecidamente cada ilha da Polinésia Francesa atrai um tipo de turista, Bora Bora seduziu os casais apaixonados. A beleza indiscutivelmente afrodisíaca da ilha fez com que os hotéis se especializassem mais no conforto e menos na diversão noturna. Portanto, o turista não deve esperar muito por festas em Bora Bora: a partir das dez da noite, o clima fica mais íntimo e as luzes se apagam. Não se deve esperar também pessoas indigentes: a ilha é maravilhosa… e cara. A maioria dos turistas de Bora Bora vem das regiões mais desenvolvidas economicamente, como a América do Norte, Europa e, “ironicamente”, o Japão.

Viagem cara que vale a pena
Enfim, se existem muitos lugares bonitos no mundo para fazer uma viagem de turismo, Bora Bora é um dos melhores. Pouquíssimos destinos turísticos se comparam a essa ilha da Polinésia Francesa, simplesmente paradisíaca.

Só conhecendo para saber, embora viajar para essa ilha banhada pelo pacífico não seja para qualquer bolso, uma vez que mesmo os hotéis mais “baratos” têm um preço que poucas pessoas podem pagar.

Mas é um turismo que vale a pena para quem puder arcar com as despesas e tem a intenção de passar férias ou mesmo uma pequena temporada.

Bora Bora é cercada por beleza e conforto para qualquer direção em que você olhe. Resumindo, essa Pérola do Pacífico é um local de inúmeras belezas naturais, conservando ainda um modo de vida tradicional aliado ao charme e riqueza de seu território, onde se encontra a mais charmosa lagoa do mundo com suas águas claras, quentes e milhares de peixes coloridos. Diante de tudo isso, o que mais um turista poderia querer da vida? Uma coisa é certa: a viagem é, sim, inesquecível.
[revistamercado]

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